ainda te amo

Semana passada eu tive uma crise de pânico.
Senti todo o meu corpo formigar, não conseguia respirar e solucei repetidamente sem gastar sequer um lágrima.

A neném estava dormindo do meu lado, felizmente nem se moveu. Não queria que ela me visse desse jeito.

Tenho me sentido ansiosa e angustiada vinte e quatro por sete. E não posso me dar o luxo de não fazer o que preciso fazer. A vida não espera a gente se recuperar.

Não dou conta da sua falta sozinha. Da tristeza e do desamparo que ela causou. Da quantidade de feridas abertas e constantemente remexidas. Do sentimento de frustação de, depois de meses, ainda senti-la de maneira tão brutal e desesperada.

Eu ainda te amo, e é como se eu estivesse arrastando meu coração ensanguentado por uma escadaria infinita. Nunca vejo o fim, e só tenho a esperança da cura. Não sei o que procurar, e eu não consigo.

Quando finalmente consigo me agarrar ao ódio pra seguir enfrente, percebo que só te odeio porque ainda te amo.

Finalmente consegui respirar. Finalmente consegui chorar.

Mas eu continuo subindo, enquanto continuo esperando, enquanto continuo te amando.

(até que não mais).

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