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Mostrando postagens de janeiro, 2021

Vontade de gritar

Queria poder te mandar um áudio de 15 minutos te dizendo tudo o que eu tô sentindo. Fazer um texto enorme e flodar os stories do instagram, só pra dizer o quanto eu te amo. Tô pensando em fazer uma música, não sei, tô inquieta. É medo, falta, euforia e uma paixão descontrolada. Como é possível amar um filho da puta dessa forma? Eu preciso me segurar porque não quero te assustar, e sei que uma das coisas que precisa aprender é a conviver com o silêncio.  Mas puta que me pariu, eu te amo pra uma desgraça.

Talento é desejo

Em 2012 fiz um curso de teatro ministrado pela diva Isadora Ferrite, onde tivemos uma aula muito interessante sobre talento. Basicamente, nossa instrutora nos falou que quando realmente amamos o teatro, significa que temos sim talento. Pra ilustrar melhor, ela nos contou uma história de quando ainda fazia parte do grupo Oficina, sob a direção do grande Zé Celso. E a história era mais ou menos assim: Zé Celso estava fazendo audições para o papel de protagonista de sua próxima peça. Entra uma das candidatas, de saia e meia calça fio 20. O diretor pede pra ela fazer uma cena em que ela precisaria se arrastar no chão. Preocupada, a garota pergunta se poderia fazer a cena de outra maneira, já que se fizesse da forma solicitada, ela poderia rasgar sua meia calça. Zé Celso, num misto de decepção e irritabilidade, diz: ENTÃO VOCÊ PODE DEIXAR A SALA PORQUE VOCÊ NÃO TEM TALENTO! A atriz deixa o espaço aos prantos. Não é fácil ouvir de um dos maiores nomes do teatro nacional que você não tem

Estricnina

 A insegurança é um veneno silencioso. Lento. Paciente. Feroz.  Ágil. Não posso dizer que não previ, mas podia jurar que por prever, tinha tudo sob controle. Talvez esse tenha sido meu mal, a suposição de que tinha o controle de algo. A pretensão de querer controlar alguma coisa. Pensei que dessa vez seria mais rápida, mas fui vítima da minha própria armadilha. Abatida e cega pelo mesmo veneno.