Ensaio sobre a queda

Fechei os olhos pra poder sentir

Me deixar flutuar.

Fui tão alto que te perdi de vista

E ao me ver sozinha, 

Vi a face do desespero 

Sem asas, sem mapa. 

E por me desesperar, me perdi de mim

Ao cair, não sabia mais quem eu era ou o que me atravessava.

Apenas eu - o que quer que isso signifique.

De olhos fechados, 

Em direção a qualquer coisa que estivesse do outro lado.

Mas o que é viver senão esse eterno lá e cá?

Vestir e despir-se. 

Permitir-se,

Dar um basta. 

Permitir-se sentir, sonhar. 

Entender a hora de partir, acordar.

Eu, o vento e a queda. 

De repente eu soube

E quando abri os olhos pude finalmente me ver

Carne, osso, paixão e pranto.

Pronta pra recomeçar outra vez.

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